Retrospectiva da corrupção politica
no Brasil da Nova República de 1985 a 2002
Oi caro leitor, estamos
vivendo mais um momento histórico para a nação com tantas manobras políticas
que seguem nossos dias, é bastante clara a tentativa de amordaçar o conhecimento
e eliminar das humanidades as ciências sociais, filosóficas e tudo mais que da
ao homem qualquer posição autônoma de pensar compreender questionar e militar
por seus direitos. Também não menos preocupante a questão dos empregos que estão
se fechado a cada dia por conta do avanço tecnológico; já em outros momentos notamos
o desrespeito para com a sociedade, pois não sou tão jovem, então tenho visto a
olhos nus manobras, leis e decretos tendenciosos e tantas outras falcatruas que
tão pouco apareceu na mídia aberta por pura tendenciosidade.
Meu entendimento politico iniciou com as
campanhas das diretas já em 1985, quando foi eleito não diretamente um
presidente civil, “Tancredo Neves” (PMN) que misteriosamente não pode tomar
posse, vitima de uma “doença grave” que o fulminou a queima roupa, então
substituído pelo vice José Sarney (PMDB) antigo arena.
O 'dragão da inflação', expressão comum na época.
A inflação acumulada do ano de 1985 foi de 235,13%. Em
fevereiro de 1986, o então presidente José Sarney lança o Plano Cruzado, o
maior plano de estabilização econômica do país antes do Real. A moeda mudou de cruzeiro para
cruzado; os preços, o câmbio e os salários foram congelados, foi instituído o
gatilho salarial e a população iniciou uma cruzada contra os aumentos. Viraram
os chamados 'fiscais do Sarney', Sucesso no início, a inflação recuou e os
salários ganharam fôlego, mas a calmaria só durou nove meses. O país passou a
enfrentar inclusive o desabastecimento, este que aconteceu por pura especulação
e pressão dos grandes latifúndios que simplesmente segurou a produção pra
forçar o aumento.
Em nova
crise, o governo Sarney anuncia o Plano Cruzado 2, em novembro, dias depois das
eleições. O novo Plano trouxe o fim do congelamento, o que elevou
principalmente os preços das tarifas públicas e o Cruzado foi por agua abaixo
de vez. No início de 1987, o então ministro da Fazenda, Dílson Funaro, o pai do Cruzado, deixou o governo. Em seu lugar assumiu
Luiz Carlos Bresser Pereira, que lançaria o plano que leva seu nome. De novo,
viria o congelamento de preços e salários, por 90 dias. Naquele ano, a inflação
anual atingiu 415,87%.
Em 1989, ocorreu uma nova
tentativa. Depois de uma inflação de 1.037,53% em 1988, em janeiro é
lançado o Plano Verão, capitaneado pelo então ministro da Fazenda, Maílson da
Nóbrega. Preços foram congelados, o cruzado perdeu três zeros e passou a se
chamar Cruzado Novo. A inflação de 1989 chegou a 1.782.85%.
Então surgiu um homem “herói
construído” que a mídia aberta liderada pela (tv globo) o transformou em celebridade
rapidamente Fernando Collor Com boa aparência,
um discurso carismático e o apoio financeiro do empresariado brasileiro, Collor
se transformou na grande aposta da direita.
Atraindo apoio de diferentes setores da sociedade, inclusive apoio declarado da tv Globo, Collor prometia modernizar a economia promovendo políticas de cunho neoliberal e a abertura da participação estrangeira na economia nacional. Ao mesmo tempo, fazia discursos de orientação religiosa, se auto proclamava um “caçador de marajás” e alertava sobre os perigos de um possível governo de esquerda amedrontando os eleitores leigos com declarações fantasiosas de cunho ditatorial, No primeiro turno, a apuração das urnas deixou a decisão para um segundo pleito a ser disputado ente Collor e Lula. Mesmo tendo um significativo número de militantes durante seus comícios, a inabilidade do candidato do PT diante as câmeras acabou enfraquecendo sua campanha. De outro lado, Collor utilizou com eficácia o vantajoso espaço nas mídias a ele cedido. Com a apuração final, tais diferenças de proposta e, principalmente, comportamento garantiram a vitória de Fernando Collor de Melo. que se candidatou apoiado pelo empresariado com o discurso e venceu as eleições de 1989 pelo partido (PRN) contra o candidato Luiz Inacio Lula (PT) e outros menores; incrível mas verdadeira farsa estratégica cometida naquela época foi quando um momento antes das eleições apareceu na mídia uma mulher “Miriam Cordeiro” dizendo ser ex amante do candidato que estava em segundo lugar (Lula) deu uma declaração bombástica (paga pelo candidato Collor) conforme segue esta entrevista da revista Veja: Aquela edição afirma que houve, ―nos bastidores da eleição, uma intrigado jogo de alianças políticas, cotoveladas pessoais, arrecadação de fundos para a campanha. Só que lentamente as tramas dos bastidores vieram à tona (VEJA, nº50, 1989:102). Entre os casos mencionados pela revista no texto, está justamente o uso do depoimento da enfermeira Mirian Cordeiro, agora “ex-namorada” de Lula, com quem ele teve uma filha; por Collor na reta final da campanha. De acordo com o texto, ―nesse depoimento, Mirian disse que Lula teria lhe oferecido dinheiro para abortar a menina e afirmou que o candidato do PT é racista (VEJA, nº50, 1989:103). Veja destaca ainda que o depoimento, organizado por Leopoldo Collor – um dos principais assessores de Collor-, ―fez com que a jornalista Maria Helena do Amaral, também da assessoria do Collor, denunciasse o pagamento de 20.000 cruzados novos à enfermeira pelo relato (VEJA, nº50, 1989:103). A matéria afirma que não há provas de que a história de Mirian seja verdadeira e que ela tenha recebido dinheiro, mas o texto indica que, pelo menos para dar entrevistas, a enfermeira chegou a cobrar. Ela pediu dinheiro para dar declarações pelos menos uma vez. Procurada pelo fotógrafo Antonio Milena, de VEJA, no início da semana passada, Mirian disse que concordaria em posar para fotografias caso recebesse da revista a quantia de 50 000 cruzados novos – e, por esse preço, ainda contaria mais detalhes se sua vida particular com Lula. ―”Por grana faço qualquer negócio, disse Mirian. ―Até posar nua”, completou. VEJA que não paga a entrevistado algum, recusou a proposta. (VEJA, nº50, 1989:103). a mídia veiculou a noticia o dia todo anterior ás eleições o que entendo hoje que comoveu grande parte das eleitoras pesando a favor do candidato vencedor, após as eleições foi esclarecido o (engano) mas era tarde, pasmem no mesmo período um tempo depois alguns familiares do interior de SP , vieram visitar a casa de meus pais, quando contaram assustados que um grupo de “petistas” havia ido nos sítios da vizinhança e no deles munidos de trenas e papeis para catalogar a região caso o PT ganhasse eles iriam dividir a casa deles com outras famílias de sem terra que era a reforma agraria, e por isso tinham votado no outro, “lamentei o ocorrido pois imagina o que não aconteceu por um pais tão grande e desigual com tantas pessoa simples acreditando em tamanha farsa” então em seguida o outro (o caçador de marajá) Fernando Collor havia sequestrado todo o dinheiro investido nos bancos brasileiros e estes mesmos parentes que votaram nele por medo do outro, perderam suas economias e até hoje... então notei o quanto a politica pode ser suja, corrupta, mentirosa e subversiva, mas pintei o rosto e fui pras ruas em 92 já bastante indignado de ver a barbárie de tantas privatizações vendendo nossas empresas a preço de banana para grupos estrangeiros que a partir de então estaria a levar nossos lucros pra fora com a intenção de somente nos explorar, e na tentativa de aumentar a concorrência e baixar os preços abriu as portas do pais para a entrada de produtos estrangeiros (sem nenhuma precaução) ... foi bom? Acho que não pois acabou com a indústria nacional (que gera empregos internos) e por acaso os produtos chineses prestam? Sem falar no hormônio sintético dos plásticos deste país, o (xenoestrógeno).
Atraindo apoio de diferentes setores da sociedade, inclusive apoio declarado da tv Globo, Collor prometia modernizar a economia promovendo políticas de cunho neoliberal e a abertura da participação estrangeira na economia nacional. Ao mesmo tempo, fazia discursos de orientação religiosa, se auto proclamava um “caçador de marajás” e alertava sobre os perigos de um possível governo de esquerda amedrontando os eleitores leigos com declarações fantasiosas de cunho ditatorial, No primeiro turno, a apuração das urnas deixou a decisão para um segundo pleito a ser disputado ente Collor e Lula. Mesmo tendo um significativo número de militantes durante seus comícios, a inabilidade do candidato do PT diante as câmeras acabou enfraquecendo sua campanha. De outro lado, Collor utilizou com eficácia o vantajoso espaço nas mídias a ele cedido. Com a apuração final, tais diferenças de proposta e, principalmente, comportamento garantiram a vitória de Fernando Collor de Melo. que se candidatou apoiado pelo empresariado com o discurso e venceu as eleições de 1989 pelo partido (PRN) contra o candidato Luiz Inacio Lula (PT) e outros menores; incrível mas verdadeira farsa estratégica cometida naquela época foi quando um momento antes das eleições apareceu na mídia uma mulher “Miriam Cordeiro” dizendo ser ex amante do candidato que estava em segundo lugar (Lula) deu uma declaração bombástica (paga pelo candidato Collor) conforme segue esta entrevista da revista Veja: Aquela edição afirma que houve, ―nos bastidores da eleição, uma intrigado jogo de alianças políticas, cotoveladas pessoais, arrecadação de fundos para a campanha. Só que lentamente as tramas dos bastidores vieram à tona (VEJA, nº50, 1989:102). Entre os casos mencionados pela revista no texto, está justamente o uso do depoimento da enfermeira Mirian Cordeiro, agora “ex-namorada” de Lula, com quem ele teve uma filha; por Collor na reta final da campanha. De acordo com o texto, ―nesse depoimento, Mirian disse que Lula teria lhe oferecido dinheiro para abortar a menina e afirmou que o candidato do PT é racista (VEJA, nº50, 1989:103). Veja destaca ainda que o depoimento, organizado por Leopoldo Collor – um dos principais assessores de Collor-, ―fez com que a jornalista Maria Helena do Amaral, também da assessoria do Collor, denunciasse o pagamento de 20.000 cruzados novos à enfermeira pelo relato (VEJA, nº50, 1989:103). A matéria afirma que não há provas de que a história de Mirian seja verdadeira e que ela tenha recebido dinheiro, mas o texto indica que, pelo menos para dar entrevistas, a enfermeira chegou a cobrar. Ela pediu dinheiro para dar declarações pelos menos uma vez. Procurada pelo fotógrafo Antonio Milena, de VEJA, no início da semana passada, Mirian disse que concordaria em posar para fotografias caso recebesse da revista a quantia de 50 000 cruzados novos – e, por esse preço, ainda contaria mais detalhes se sua vida particular com Lula. ―”Por grana faço qualquer negócio, disse Mirian. ―Até posar nua”, completou. VEJA que não paga a entrevistado algum, recusou a proposta. (VEJA, nº50, 1989:103). a mídia veiculou a noticia o dia todo anterior ás eleições o que entendo hoje que comoveu grande parte das eleitoras pesando a favor do candidato vencedor, após as eleições foi esclarecido o (engano) mas era tarde, pasmem no mesmo período um tempo depois alguns familiares do interior de SP , vieram visitar a casa de meus pais, quando contaram assustados que um grupo de “petistas” havia ido nos sítios da vizinhança e no deles munidos de trenas e papeis para catalogar a região caso o PT ganhasse eles iriam dividir a casa deles com outras famílias de sem terra que era a reforma agraria, e por isso tinham votado no outro, “lamentei o ocorrido pois imagina o que não aconteceu por um pais tão grande e desigual com tantas pessoa simples acreditando em tamanha farsa” então em seguida o outro (o caçador de marajá) Fernando Collor havia sequestrado todo o dinheiro investido nos bancos brasileiros e estes mesmos parentes que votaram nele por medo do outro, perderam suas economias e até hoje... então notei o quanto a politica pode ser suja, corrupta, mentirosa e subversiva, mas pintei o rosto e fui pras ruas em 92 já bastante indignado de ver a barbárie de tantas privatizações vendendo nossas empresas a preço de banana para grupos estrangeiros que a partir de então estaria a levar nossos lucros pra fora com a intenção de somente nos explorar, e na tentativa de aumentar a concorrência e baixar os preços abriu as portas do pais para a entrada de produtos estrangeiros (sem nenhuma precaução) ... foi bom? Acho que não pois acabou com a indústria nacional (que gera empregos internos) e por acaso os produtos chineses prestam? Sem falar no hormônio sintético dos plásticos deste país, o (xenoestrógeno).
Os xenoestrogênios
é produzidos em laboratórios. O problema é que esse é um dos compostos que mais trazem
riscos a saúde. Ele é fabricado a partir da reação entre o gás cloro e os
hidrocarbonetos do petróleo e é utilizado em produtos químicos industriais de
alta toxicidade, como o Bisfenol-A (BPA) – saiba mais em nossa matéria especial sobre o assunto -, o
bisfenil policlorado (PCB), as dioxinas e os
ftalatos.
Podemos encontrá-los nos mais diferentes lugares, de
conservantes de alimentos a protetores solares, passando por inseticidas,
pesticidas, preservadores de madeira, plásticos e detergentes. Garrafas pet, e vasilhas
plásticas em geral. Ou do alho contaminado por chumbo e tantas outras mazelas
proveniente do sistema neoliberal e a corrida por menores preços a qualquer
custo visando a obtenção de mais lucro.
Após conseguirmos
retirar aquele presidente (Fernando Collor) por Envolvimento em corrupção e em
fraudes financeiras, tivemos uma sequência da manifestação popular dos Caras
Pintadas, por consequência o Senado votou na sua destituição do governo, resultando
em 76 contra 03 votos. Neste
período o Brasil passou pelo aumento substancial da inflação, fechamento de empresas e
desemprego, bem
como confisco depósitos bancários que
ultrapassassem a quantia de 50 mil cruzeiros.
O Caso PC Farias, após o irmão de Collor - Pedro Collor ter revelado publicamente provas do
envolvimento do presidente neste caso de desvio de dinheiro o escândalo
suscitou ainda mais a insatisfação e revolta dos brasileiros contra o
presidente.
PC
Farias, de Paulo César Farias foi o tesoureiro da campanha de Collor e durante o seu
governo esteve muito próximo do presidente, tendo supostamente sido o seu testa de ferro. Neste esquema de corrupção; já na a campanha de Collor ter usado caixa 2, e milhões que foram desviados das verbas
públicas através de criação de empresas fantasmas e contas no exterior. Seu vise entrou no
lugar, Itamar Franco (PRN), seu governo foi marcado por dois acontecimentos
importantes na área política e econômica. Na área política, aplicou o dispositivo constitucional que
previa a realização de um plebiscito em que os eleitores brasileiros deveriam
decidir qual o regime político (monarquia ou república) e qual a forma de
governo (parlamentarismo ou presidencialismo) o Brasil deveria adotar. A
consulta popular ocorreu em abril de 1993, e o resultado das urnas confirmou a
preferência da população pela permanência da república presidencialista. Ainda
na área política, sob incentivo do Governo Federal, foi criada uma CPI para
investigar denúncias de corrupção envolvendo irregularidades no orçamento da
União. A CPI revelou o esquema de corrupção que ficou conhecido como o caso dos
"anões do orçamento", uma referência a parlamentares, ministros e
ex-ministros e governadores estaduais. Durante os trabalhos da CPI, o país
ficou ameaçado de paralisia do processo legislativo. Houve até mesmo rumores de
conspirações militares diante da crise parlamentar. Na área econômica o governo
implementou o Plano Real. O Ministério da Fazenda havia sido ocupado por três
ministros, porém, em maio de 1993, foi empossado no cargo o senador Fernando
Henrique Cardoso, (sociólogo), que sob sua coordenação, lançou Plano Real que previa
o controle inflacionário e a estabilização econômica. Para sua concretização e
eficiência, o governo adotou medidas visando conter os gastos públicos,
privatizar uma série de empresas estatais, reduzir o consumo com o aumento das
taxas de juros e baixar os preços dos produtos por meio da abertura da economia
a competição internacional. Em curto prazo, o Plano Real ocasionou a queda da
inflação e o aumento do poder aquisitivo da população. Mas a longo-prazo, os
economistas já previam um processo recessivo bastante acentuado que geraria
enorme desemprego. Mas, enquanto isso não ocorria, o governo obteve expressiva
popularidade. Foi nesta conjuntura política que foi articulada a candidatura
oficial do senador e ministro Fernando Henrique Cardoso, para concorrer à
sucessão presidencial de 1994. E acontece então o equilíbrio da economia, “seria em virtude do
plano, ou este só tomou carona na estabilização monetária mundial” tendo em vista que no mesmo período o mundo se
reorganizava com a queda do muro de Berlin o desmonte do socialismo a
“glasnost” e a “perestroika” então o final dos anos 80 foi marcado pela queda
do comunismo e o inicio dos anos 90 pela a instauração da nova ordem mundial, (globalização) então o
equilíbrio financeiro estabeleceu se no Mundo, mesmo porque não havia mais
interesse da potencia capitalista em manter as moedas do terceiro mundo em
desequilíbrio(balança financeira) para permanecerem em divida com seu credor já
que a partir de então só havia uma força politica dominante, o capitalismo;
então pra segurar seu plano real o então presidente começou a praticar a nova
agenda e “Vender” nossas empresas dando (preferencia para estrangeiros) a preço
de banana Entre as principais medidas políticas
do governo FHC destacou-se a privatização de empresas públicas brasileiras com
o objetivo de controlar o processo inflacionário. Assim, estatais como o
Sistema Telebrás (empresa de Telecomunicações) o Banespa, a Companhia Vale do
Rio Doce (empresa do setor de mineração e siderurgia) foram negociadas Partidos
políticos como o PT, PDT e PSB questionaram duramente a política de
privatização das empresas nacionais. A compra das empresas estatais ocorreu,
sobretudo, por grupos estrangeiros, que faziam aquisição das ações ou compravam
grande parte dessas, assim, tornavam-se sócios majoritários. Líderes
partidários através da oposição tentaram mostrar que a venda de grandes
empresas públicas era realizada para fins corruptivos e prejudicaria o
crescimento econômico brasileiro. Luiz Inácio Lula da Silva e Leonel Brizola
foram as figuras da esquerda política que mais demonstraram oposição ao governo
de FHC. O caso da vale do rio doce. Que valia 92 bi, e foi arrematada
por uma bagatela de 3,3 bi.(f1,2) cercado de escândalos de corrupção este homem
(FHC) privatizou empresas estratégicas
para a soberania nacional. Mesmo com sua
política de privatização e a oposição de movimentos como o MST, o governo
brasileiro conseguiu em 1997 aprovar uma emenda constitucional permitindo o
direito de reeleição do presidente, dos governadores dos estados e dos
prefeitos. O controle da inflação e a estabilidade do Plano Real, que foram os
carros-chefes da política de FHC, favoreceram mais uma vitória nas urnas,
levando Fernando Henrique a seu segundo governo, que foi entre os anos de 1999
a 2002, Não é a toa que tivemos o desastre de mariana em 05/11/2015 (f03),
antes de ser privatizada as empresas da
vale, trabalhavam a um ritmo, após a privatização este ritmo triplicou já que o
capitalismo é selvagem e predatório porém as represas de contenção não foram
planejadas para o novo ritmo de deposição de dejetos, logo um acidente seria
inevitável. Com 53%
dos votos válidos, o político vitorioso tornou-se o primeiro presidente
reeleito em dois mandatos consecutivos. O objetivo do novo mandato era de
diminuir a dívida pública brasileira, que ultrapassava nesse período a cifra de
328 bilhões de reais.
Ao fim de seu primeiro governo (1995 – 1998),
a dívida externa alcançou 30% de toda a produção interna do País (PIB). Além
disso, a moeda brasileira estava num patamar elevado, em que 1 dólar valia 1
real, dificultando as exportações dos produtos brasileiros. Dessa forma, o
processo de privatização foi visto como o vilão da economia brasileira, que
estava endividada nos primeiros anos do século XXI.
Outros fatores foram
preponderantes para o baixo crescimento econômico do Brasil, como as altas
taxas de desemprego, que assolaram milhares de pessoas; e o
alto índice de corrupção política, que
desviou investimentos das áreas da saúde, educação, transportes etc. As ações
corruptivas colocaram o Brasil nesse momento entre os países do mundo que
possuíam os maiores níveis de desvios de verbas públicas.
A qualidade de vida foi
outro reflexo dos problemas econômicos do país. As desigualdades sociais estavam alarmantes e o IDH
(índice do desenvolvimento humano que mede a expectativa de vida da população,
o grau de escolaridade, sanitárismo e renda per capita) do ano
de 2001, da Organização das Nações Unidas, mostrou que o Brasil ocupava a 69°
posição entre 162 países.
Os problemas foram se
agravando com o aumento da má distribuição de
renda, por todo o país. Grande parcela da população era pobre e possuía uma
baixa renda econômica. Por outro lado, a minoria de ricos concentrava em suas
mãos uma grande quantidade de poder econômico que acentuava os antagonismos
sociais. Segundo um relatório da ONU de 1999, os 20% mais pobres do Brasil
detinham apenas 2,5% da renda nacional, ao passo que os 20 % mais ricos
possuíam 63,4%.
A estagnação econômica também atingiu vários
outros setores da sociedade durante os governos de FHC. Uma pesquisa realizada
pela OMS Organização Mundial da Saúde –
revelou que os serviços da saúde pública brasileira eram piores do que os de
alguns países periféricos, como Paraguai e El Salvador. Entre 191 nações, o Brasil
ocupava a 125° posição em qualidade do sistema de saúde. Na América, o Brasil
ocupou a 30° posição entre 35 países. O Brasil ficou em excessiva dependência do Fundo Monetário
Internacional (FMI). O governo FHC foi responsável pela efetiva inserção do
Brasil na política Neoliberal.
Dezoito anos antes do início das
investigações da Operação Lava Jato, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) chegou a ser alertado de que a
Petrobras era palco de um escândalo de corrupção.
A
informação é revelada pelo próprio ex-presidente da República no livro “Diários
da Presidência – volume 1″, que será lançado no próximo dia 29.
Segundo o relato, narrado pelo jornal O Globo, a informação foi repassada a FHC por
Benjamin Steinbruch, dono da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), no dia 16 de
outubro de 1996 – portanto, 18 anos antes da deflagração da primeira fase da
Lava Jato, que descobriu o esquema de corrupção na estatal.
Manchetes esbravejantes
por dias seguidos,
com sentenças afirmativas e duras, editoriais indignados, nada disso existia durante os oito
anos do governo FHC. Buscando mostrar mais uma vez
que O Globo tem apenas e tão somente interesses econômicos e políticos, vamos dar um exemplo simples,
acompanhando como o jornal tratou um dos
escândalos mais claros e comprovados da época FHC, entre tantos que ocorreram na gestão tucana e foram jogados para debaixo
do tapete.
No dia 13 de maio de 1997, o jornal Folha de S. Paulo revelou a existência de uma fita de áudio com o diálogo entre o deputado federal Ronivon Santiago (PFL-AC) e interlocutores onde este confessava que vendeu o voto a favor da emenda que aprovou a reeleição de FHC por R$ 200 mil reais, o que em valores corrigidos pela poupança representa hoje mais de R$ 930 mil reais por voto. A votação havia sido realizada no dia 28 de janeiro e Ronivon cita o nome de outros deputados que do mesmo modo receberam o suborno, comentando ainda que “malas de dinheiro de empreiteiras e financiadores de campanha circulavam nas bancadas”
Como O Globo tratava os escândalos da era FHC II
O leitor mais novo deve estar achando que no dia seguinte (14/05) o jornal O Globo, intimorato defensor da moralidade, estamparia a manchete: “Gravação revela que governo comprou votos para a reeleição”, seguido de um editorial onde o PSDB era acusado de ter aparelhado o estado para se perpetuar no poder. Ledo engano, a manchete principal de O Globo no dia 14 foi “Novo Laudo Reforça a Tese de que Zuzu Angel foi assassinada”. Na capa o assunto da compra de votos é mencionado com a seguinte chamada: “Ronivon pode ter cassação sumária”, abaixo da chamada, o texto: “Decisão tomada pela cúpula do PFL tem apoio do Planalto e do Presidente da Câmara, Michel Temer”. Mesmo tendo que abordar um fato como este, O Globo conseguia colocar o governo FHC em um contexto positivo!
O leitor mais novo deve estar achando que no dia seguinte (14/05) o jornal O Globo, intimorato defensor da moralidade, estamparia a manchete: “Gravação revela que governo comprou votos para a reeleição”, seguido de um editorial onde o PSDB era acusado de ter aparelhado o estado para se perpetuar no poder. Ledo engano, a manchete principal de O Globo no dia 14 foi “Novo Laudo Reforça a Tese de que Zuzu Angel foi assassinada”. Na capa o assunto da compra de votos é mencionado com a seguinte chamada: “Ronivon pode ter cassação sumária”, abaixo da chamada, o texto: “Decisão tomada pela cúpula do PFL tem apoio do Planalto e do Presidente da Câmara, Michel Temer”. Mesmo tendo que abordar um fato como este, O Globo conseguia colocar o governo FHC em um contexto positivo!
Como O Globo tratava os escândalos da era FHC III
Outro deputado, João Maia (PFL-AC), também aparece em gravação de áudio confirmando ter recebido os R$ 200 mil. Os detalhes que os dois parlamentares dão da operação de compra e venda dos votos é rico e incrimina diretamente Sérgio Motta, ministro de FHC e seu principal articulador político. Os dois deputados são expulsos do PFL (hoje DEM). Para os mais jovens terem uma ideia, ser expulso do PFL por corrupção é o mesmo que um nazista ser expulso da SS por crueldade e mostrava cabalmente que o suborno aconteceu de fato. No dia 15 de maio de 1997 como O Globo acompanhou o desenrolar dos acontecimentos? A manchete principal era: “Vandalismo faz FH intervir na PM/DF”. Os vândalos em questão eram camponeses do MST. Ao lado da manchete principal finalmente uma chamada sobre o caso: “Comissão chama ministros e governadores para depor”
E mais...
O Brasil não esquecerá: os mais de 45
escândalos que marcaram o governo FHC
O documento "O Brasil não esquecerá - 45 escândalos
que marcaram o governo FHC", de julho de 2002, é um trabalho da Liderança
do PT na Câmara Federal de Deputados. O objetivo do levantamento de ações e
omissões dos últimos sete anos e meio do governo FHC, segundo o então líder do
PT, deputado João Paulo (SP), não é fazer denúncia, chantagem ou ataque.
"Estamos fazendo um balanço ético para que a avaliação da sociedade não se
restrinja às questões econômicas", garante. Leia:
Itinerário
de um desastre
Nenhum governo teve
mídia tão favorável quanto o de FHC, o que não deixa de ser surpreendente,
visto que em seus dois mandatos ele realizou uma extraordinária obra de
demolição, de fazer inveja a Átila e a Gêngis Khan. Vale a pena relembrar
algumas das passagens de um governo que deixará uma pesada herança para seu
sucessor.
A taxa média de
crescimento da economia brasileira, ao longo da década tucana, foi a pior da
história, em torno de 2,4%. Pior até mesmo que a taxa média da chamada década
perdida, os anos 80, que girou em torno de 3,2%. No período, o patrimônio
público representado pelas grandes estatais foi liquidado na bacia das almas.
No discurso, essa operação serviria para reduzir a dívida pública e para atrair
capitais. Na prática assistimos a um crescimento exponencial da dívida pública.
A dívida interna saltou de R$ 60 bilhões para impensáveis R$ 630 bilhões,
enquanto a dívida externa teve seu valor dobrado.
Enquanto isso, o
esperado afluxo de capitais não se verificou. Pelo contrário, o que vimos no
setor elétrico foi exemplar. Uma parceria entre as elétricas privatizadas e o
governo gerou uma aguda crise no setor, provocando um longo racionamento. Esse
ano, para compensar o prejuízo que sua imprevidência deu ao povo, o governo
premiou as elétricas com sobretaxas e um esdrúxulo programa de energia
emergencial. Ou seja, os capitais internacionais não vieram e a incompetência
das privatizadas está sendo financiada pelo povo.
O texto que segue é um
itinerário, em 45 pontos, das ações e omissões levadas a efeito pelo governo
FHC e de relatos sobre tentativas fracassadas de impor medidas do receituário
neoliberal. Em alguns casos, a oposição, aproveitando-se de rachas na base
governista ou recorrendo aos tribunais, bloqueou iniciativas que teriam causado
ainda mais dano aos interesses do povo.
Essa recompilação serve
como ajuda à memória e antídoto contra a amnésia. Mostra que a obra de
destruição realizada por FHC não pode ser fruto do acaso. Ela só pode ser fruto
de um planejamento meticuloso.
Deputado João Paulo
Cunha
Líder do PT
Líder do PT
1 -
Conivência com a corrupção
O governo do PSDB tem
sido conivente com a corrupção. Um dos primeiros gestos de FHC ao assumir a
Presidência, em 1995, foi extinguir, por decreto, a Comissão Especial de
Investigação, instituída no governo Itamar Franco e composta por representantes
da sociedade civil, que tinha como objetivo combater a corrupção. Em 2001, para
impedir a instalação da CPI da Corrupção, FHC criou a Controladoria-Geral da
União, órgão que se especializou em abafar denúncias.
2 - O
escândalo do Sivam
O contrato para execução
do projeto Sivam foi marcado por escândalos. A empresa Esca, associada à
norte-americana Raytheon, e responsável pelo gerenciamento do projeto, foi
extinta por fraudes contra a Previdência. Denúncias de tráfico de influência
derrubaram o embaixador Júlio César dos Santos e o ministro da Aeronáutica,
Brigadeiro Mauro Gandra.
3 - A
farra do Proer
O Proer demonstrou, já
em 1996, como seriam as relações do governo FHC com o sistema financeiro. Para
FHC, o custo do programa ao Tesouro Nacional foi de 1% do PIB. Para os
ex-presidentes do BC, Gustavo Loyola e Gustavo Franco, atingiu 3% do PIB. Mas
para economistas da Cepal, os gastos chegaram a 12,3% do PIB, ou R$ 111,3
bilhões, incluindo a recapitalização do Banco do Brasil, da CEF e o socorro aos
bancos estaduais.
4 -
Caixa-dois de campanhas
As campanhas de FHC em
1994 e em 1998 teriam se beneficiado de um esquema de caixa-dois. Em 1994, pelo
menos R$ 5 milhões não apareceram na prestação de contas entregue ao TSE. Em
1998, teriam passado pela contabilidade paralela R$ 10,1 milhões.
5 -
Propina na privatização
A privatização do
sistema Telebrás e da Vale do Rio Doce foi marcada pela suspeição. Ricardo
Sérgio de Oliveira, ex-caixa de campanha de FHC e do senador José Serra e
ex-diretor da Área Internacional do Banco do Brasil, é acusado de pedir propina
de R$ 15 milhões para obter apoio dos fundos de pensão ao consórcio do
empresário Benjamin Steinbruch, que levou a Vale, e de ter cobrado R$ 90
milhões para ajudar na montagem do consórcio Telemar.
6 - A
emenda da reeleição
O instituto da reeleição
foi obtido por FHC a preços altos. Gravações revelaram que os deputados Ronivon
Santiago e João Maia, do PFL do Acre, ganharam R$ 200 mil para votar a favor do
projeto. Os deputados foram expulsos do partido e renunciaram aos mandatos.
Outros três deputados acusados de vender o voto, Chicão Brígido, Osmir Lima e
Zila Bezerra, foram absolvidos pelo plenário da Câmara.
7 -
Grampos telefônicos
Conversas gravadas de
forma ilegal foram um capítulo à parte no governo FHC. Durante a privatização
do sistema Telebrás, grampos no BNDES flagraram conversas de Luiz Carlos
Mendonça de Barros, então ministro das Comunicações, e André Lara Resende,
então presidente do BNDES, articulando o apoio da Previ para beneficiar o
consórcio do banco Opportunity, que tinha como um dos donos o economista Pérsio
Arida, amigo de Mendonça de Barros e de Lara Resende. Até FHC entrou na
história, autorizando o uso de seu nome para pressionar o fundo de pensão dos
funcionários do Banco do Brasil.
8 -
TRT paulista
A construção da sede do
TRT paulista representou um desvio de R$ 169 milhões aos cofres públicos. A CPI
do Judiciário contribuiu para levar o juiz Nicolau dos Santos Neto,
ex-presidente do Tribunal, para a cadeia e para cassar o mandato do Senador
Luiz Estevão (PMDB-DF), dois dos principais envolvidos no caso.
9 -
Os ralos do DNER
O DNER foi o principal
foco de corrupção no governo de FHC. Seu último avanço em matéria de tecnologia
da propina atende pelo nome de precatórios. A manobra consiste em furar a fila
para o pagamento desses títulos. Estima-se que os beneficiados pela fraude
pagavam 25% do valor dos precatórios para a quadrilha que comandava o esquema.
O órgão acabou sendo extinto pelo governo.
10 - O "caladão"
O Brasil calou no início
de julho de 1999 quando o governo FHC implementou o novo sistema de Discagem
Direta a Distância (DDD). Uma pane geral deixou os telefones mudos. As empresas
que provocaram o caos no sistema haviam sido recém-privatizadas. O
"caladão" provocou prejuízo aos consumidores, às empresas e ao
próprio governo. Ficou tudo por isso mesmo.
11 -
Desvalorização do real
FHC se reelegeu em 1998
com um discurso que pregava "ou eu ou o caos". Segurou a quase
paridade entre o real e o dólar até passar o pleito. Vencida a eleição, teve de
desvalorizar a moeda. Há indícios de vazamento de informações do Banco Central.
O deputado Aloizio Mercadante, do PT, divulgou lista com o nome dos 24 bancos
que lucraram muito com a mudança cambial e outros quatro que registraram
movimentação especulativa suspeita às vésperas do anúncio das medidas.
12 -
O caso Marka/FonteCindam
Durante a desvalorização
do real, os bancos Marka e FonteCindam foram socorridos pelo Banco Central com
R$ 1,6 bilhão. O pretexto é que a quebra desses bancos criaria risco sistêmico
para a economia. Chico Lopes, ex-presidente do BC, e Salvatore Cacciola,
ex-dono do Banco Marka, estiveram presos, ainda que por um pequeno lapso de
tempo. Cacciola retornou à sua Itália natal, onde vive tranqüilo.
13 -
Base de Alcântara
O governo FHC enfrenta
resistências para aprovar o acordo de cooperação internacional que permite aos
Estados Unidos usarem a Base de Lançamentos Espaciais de Alcântara (MA). Os
termos do acordo são lesivos aos interesses nacionais. Exemplos: áreas de
depósitos de material americano serão interditadas a autoridades brasileiras. O
acesso brasileiro a novas tecnologias fica bloqueado e o acordo determina ainda
com que países o Brasil pode se relacionar nessa área. Diante disso, o PT
apresentou emendas ao tratado - todas acatadas na Comissão de Relações
Exteriores da Câmara.
14 -
Biopirataria oficial
Antigamente, os
exploradores levavam nosso ouro e pedras preciosas. Hoje, levam nosso
patrimônio genético. O governo FHC teve de rever o contrato escandaloso
assinado entre a Bioamazônia e a Novartis, que possibilitaria a coleta e
transferência de 10 mil microorganismos diferentes e o envio de cepas para o
exterior, por 4 milhões de dólares. Sem direito ao recebimento de royalties.
Como um único fungo pode render bilhões de dólares aos laboratórios
farmacêuticos, o contrato não fazia sentido. Apenas oficializava a
biopirataria.
15 -
O fiasco dos 500 anos
As festividades dos 500
anos de descobrimento do Brasil, sob coordenação do ex-ministro do Esporte e
Turismo, Rafael Greca (PFL-PR), se transformaram num fiasco monumental. Índios
e sem-terra apanharam da polícia quando tentaram entrar em Porto Seguro (BA),
palco das comemorações. O filho do presidente, Paulo Henrique Cardoso, é um dos
denunciados pelo Ministério Público de participação no episódio de
superfaturamento da construção do estande brasileiro na Feira de Hannover, em
2000.
16 -
Eduardo Jorge, um personagem suspeito
Eduardo Jorge Caldas,
ex-secretário-geral da Presidência, é um dos personagens mais sombrios que
freqüentou o Palácio do Planalto na era FHC. Suspeita-se que ele tenha se
envolvido no esquema de liberação de verbas para o TRT paulista e em
superfaturamento no Serpro, de montar o caixa-dois para a reeleição de FHC, de
ter feito lobby para empresas de informática, e de manipular recursos dos
fundos de pensão nas privatizações. Também teria tentado impedir a falência da Encol.
17 -
Drible na reforma tributária
O PT participou de um
acordo, do qual faziam parte todas as bancadas com representação no Congresso
Nacional, em torno de uma reforma tributária destinada a tornar o sistema mais
justo, progressivo e simples. A bancada petista apoiou o substitutivo do
relator do projeto na Comissão Especial de Reforma Tributária, deputado Mussa
Demes (PFL-PI). Mas o ministro da Fazenda, Pedro Malan, e o Palácio do Planalto
impediram a tramitação.
18 -
Rombo transamazônico na Sudam
O rombo causado pelo
festival de fraudes transamazônicas na Superintendência de Desenvolvimento da
Amazônia, a Sudam, no período de 1994 a 1999, ultrapassa R$ 2 bilhões. As
denúncias de desvios de recursos na Sudam levaram o ex-presidente do Senado,
Jader Barbalho (PMDB-PA) a renunciar ao mandato. Ao invés de acabar com a
corrupção que imperava na Sudam e colocar os culpados na cadeia, o presidente
Fernando Henrique Cardoso resolveu extinguir o órgão. O PT ajuizou ação de
inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal contra a providência do
governo.
19 -
Os desvios na Sudene
Foram apurados desvios
de R$ 1,4 bilhão em 653 projetos da Superintendência de Desenvolvimento do
Nordeste, a Sudene. A fraude consistia na emissão de notas fiscais frias para a
comprovação de que os recursos recebidos do Fundo de Investimentos do Nordeste
(Finor) foram aplicados. Como no caso da Sudam, FHC decidiu extinguir o órgão.
O PT também questionou a decisão no Supremo Tribunal Federal.
20 -
Calote no Fundef
O governo FHC
desrespeita a lei que criou o Fundef. Em 2002, o valor mínimo deveria ser de R$
655,08 por aluno/ano de 1ª a 4ª séries e de R$ 688,67 por aluno/ano da 5ª a 8ª
séries do ensino fundamental e da educação especial. Mas os valores
estabelecidos ficaram abaixo: R$ 418,00 e R$ 438,90, respectivamente. O calote
aos estados mais pobres soma R$ 11,1 bilhões desde 1998.
21 -
Abuso de MPs
Enquanto senador, FHC
combatia com veemência o abuso nas edições e reedições de Medidas Provisórias
por parte José Sarney e Fernando Collor. Os dois juntos editaram e reeditaram
298 MPs. Como presidente, FHC cedeu à tentação autoritária. Editou e reeditou,
em seus dois mandatos, 5.491medidas. O PT participou ativamente das negociações
que resultaram na aprovação de emenda constitucional que limita o uso de MPs.
22 -
Acidentes na Petrobras
Por problemas de gestão
e falta de investimentos, a Petrobras protagonizou uma série de acidentes
ambientais no governo FHC que viraram notícia no Brasil e no mundo. A estatal
foi responsável pelos maiores desastres ambientais ocorridos no País nos
últimos anos. Provocou, entre outros, um grande vazamento de óleo na Baía de
Guanabara, no Rio, outro no Rio Iguaçu, no Paraná. Uma das maiores plataformas
da empresa, a P-36, afundou na Bacia de Campos, causando a morte de 11
trabalhadores. A Petrobras também ganhou manchetes com os acidentes de trabalho
em suas plataformas e refinarias que ceifaram a vida de centenas de empregados.
23 -
Apoio a Fujimori
O presidente FHC apoiou
o terceiro mandato consecutivo do corrupto ditador peruano Alberto Fujimori, um
sujeito que nunca deu valor à democracia e que fugiu do País para não viver os
restos de seus dias na cadeia. Não bastasse isso, concedeu a Fujimori a medalha
da Ordem do Cruzeiro do Sul, o principal título honorário brasileiro. O Senado,
numa atitude correta, acatou sugestão apresentada pelo senador Roberto Requião
(PMDB-PR) e cassou a homenagem.
24 -
Desmatamento na Amazônia
Por meio de decretos e
medidas provisórias, o governo FHC desmontou a legislação ambiental existente
no País. As mudanças na legislação ambiental debilitaram a proteção às
florestas e ao cerrado e fizeram crescer o desmatamento e a exploração
descontrolada de madeiras na Amazônia. Houve aumento dos focos de queimadas. A Lei
de Crimes Ambientais foi modificada para pior.
25 -
Os computadores do FUST
A idéia de equipar todas
as escolas públicas de ensino médio com 290 mil computadores se transformou
numa grande negociata. Os recursos para a compra viriam do Fundo de Universalização
das Telecomunicações, o Fust. Mas o governo ignorou a Lei de Licitações, a
8.666. Além disso, fez megacontrato com a Microsoft, que teria, com o Windows,
o monopólio do sistema operacional das máquinas, quando há softwares que
poderiam ser usados gratuitamente. A Justiça e o Tribunal de Contas da União
suspenderam o edital de compra e a negociata está suspensa.
26 -
Arapongagem
O governo FHC montou uma
verdadeira rede de espionagem para vasculhar a vida de seus adversários e
monitorar os passos dos movimentos sociais. Essa máquina de destruir reputações
é constituída por ex-agentes do antigo SNI ou por empresas de fachada. Os
arapongas tucanos sabiam da invasão dos sem-terra à propriedade do presidente
em Buritis, em março deste ano, e o governo nada fez para evitar a operação.
Eles foram responsáveis também pela espionagem contra Roseana Sarney.
27 -
O esquema do FAT
A Fundação Teotônio
Vilela, presidida pelo ex-presidente do PSDB, senador alagoano Teotônio Vilela,
e que tinha como conselheiro o presidente FHC, foi acusada de envolvimento em
desvios de R$ 4,5 milhões do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Descobriu-se
que boa parte do dinheiro, que deveria ser usado para treinamento de 54 mil
trabalhadores do Distrito Federal, sumiu. As fraudes no financiamento de
programas de formação profissional ocorreram em 17 unidades da federação e
estão sob investigação do Tribunal de Contas da União (TCU) e do Ministério
Público.
28 -
Mudanças na CLT
A maioria governista na
Câmara dos Deputados aprovou, contra o voto da bancada do PT, projeto que
flexibiliza a CLT, ameaçando direitos consagrados dos trabalhadores, como
férias, décimo terceiro e licença maternidade. O projeto esvazia o poder de
negociação dos sindicatos. No Senado, o governo FHC não teve forças para levar
adiante essa medida anti-social.
29 -
Obras irregulares
Um levantamento do
Tribunal de Contas da União, feito em 2001, indicou a existência de 121 obras
federais com indícios de irregularidades graves. A maioria dessas obras
pertence a órgãos como o extinto DNER, os ministérios da Integração Nacional e
dos Transportes e o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas. Uma dessas
obras, a hidrelétrica de Serra da Mesa, interior de Goiás, deveria ter custado
1,3 bilhão de dólares. Consumiu o dobro.
30 -
Explosão da dívida pública
Quando FHC assumiu a
Presidência da República, em janeiro de 1995, a dívida pública interna e
externa somava R$ 153,4 bilhões. Entretanto, a política de juros altos de seu
governo, que pratica as maiores taxas do planeta, elevou essa dívida para R$
684,6 bilhões em abril de 2002, um aumento de 346%. Hoje, a dívida já equivale
a preocupantes 54,5% do PIB.
31 -
Avanço da dengue
A omissão do Ministério
da Saúde é apontada como principal causa da epidemia de dengue no Rio de Janeiro.
O ex-ministro José Serra demitiu seis mil mata-mosquitos contratados para
eliminar focos do mosquito Aedes Aegypti. Em 2001, o Ministério da Saúde gastou
R$ 81,3 milhões em propaganda e apenas R$ 3 milhões em campanhas educativas de
combate à dengue. Resultado: de janeiro a maio de 2002, só o estado do Rio
registrou 207.521 casos de dengue, levando 63 pessoas à morte.
32 -
Verbas do BNDES
Além de vender o
patrimônio público a preço de banana, o governo FHC, por meio do BNDES,
destinou cerca de R$ 10 bilhões para socorrer empresas que assumiram o controle
de ex-estatais privatizadas. Quem mais levou dinheiro do banco público que
deveria financiar o desenvolvimento econômico e social do Brasil foram as teles
e as empresas de distribuição, geração e transmissão de energia. Em uma das
diversas operações, o BNDES injetou R$ 686,8 milhões na Telemar, assumindo 25%
do controle acionário da empresa.
33 -
Crescimento pífio do PIB
Na "Era FHC",
a média anual de crescimento da economia brasileira estacionou em pífios 2%,
incapaz de gerar os empregos que o País necessita e de impulsionar o setor
produtivo. Um dos fatores responsáveis por essa quase estagnação é o elevado
déficit em conta-corrente, de 23 bilhões de dólares no acumulado dos últimos 12
meses. Ou seja: devido ao baixo nível da poupança interna, para investir em seu
desenvolvimento, o Brasil se tornou extremamente dependente de recursos externos,
pelos quais paga cada vez mais caro.
34 -
Renúncias no Senado
A disputa política entre
o Senador Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA) e o Senador Jader Barbalho
(PMDB-PA), em torno da presidência do Senado expôs publicamente as divergências
da base de sustentação do governo. ACM renunciou ao mandato, sob a acusação de
violar o painel eletrônico do Senado na votação que cassou o mandato do senador
Luiz Estevão (PMDB-DF). Levou consigo seu cúmplice, o líder do governo, senador
José Roberto Arruda (PSDB-DF). Jader Barbalho se elegeu presidente do Senado,
com apoio ostensivo de José Serra e do PSDB, mas também acabou por renunciar ao
mandato, para evitar a cassação. Pesavam contra ele denúncias de desvio de
verbas da Sudam.
35 -
Racionamento de energia
A imprevidência do
governo FHC e das empresas do setor elétrico gerou o apagão. O povo se
mobilizou para abreviar o racionamento de energia. Mesmo assim foi punido. Para
compensar supostos prejuízos das empresas, o governo baixou Medida Provisória
transferindo a conta do racionamento aos consumidores, que são obrigados a
pagar duas novas tarifas em sua conta de luz. O pacote de ajuda às empresas
soma R$ 22,5 bilhões.
36 -
Assalto ao bolso do consumidor
FHC quer que o seu
governo seja lembrado como aquele que deu proteção social ao povo brasileiro.
Mas seu governo permitiu a elevação das tarifas públicas bem acima da inflação.
Desde o início do plano real até agora, o preço das tarifas telefônicas foi
reajustado acima de 580%. Os planos de saúde subiram 460%, o gás de cozinha
390%, os combustíveis 165%, a conta de luz 170% e a tarifa de água 135%. Neste
período, a inflação acumulada ficou em 80%.
37 -
Explosão da violência
O Brasil é um país cada
vez mais violento. E as vítimas, na maioria dos casos, são os jovens. Na última
década, o número de assassinatos de jovens de 15 a 24 anos subiu 48%. A Unesco
coloca o País em terceiro lugar no ranking dos mais violentos, entre 60 nações
pesquisadas. A taxa de homicídios por 100 mil habitantes, na população geral,
cresceu 29%. Cerca de 45 mil pessoas são assassinadas anualmente. FHC pouco ou
nada fez para dar mais segurança aos brasileiros.
38 -
A falácia da Reforma agrária
O governo FHC apresentou
ao Brasil e ao mundo números mentirosos sobre a reforma agrária. Na propaganda
oficial, espalhou ter assentado 600 mil famílias durante oito anos de reinado.
Os números estavam inflados. O governo considerou assentadas famílias que
haviam apenas sido inscritas no programa. Alguns assentamentos só existiam no
papel. Em vez de reparar a fraude, baixou decreto para oficializar o engodo.
39 -
Subserviência internacional
A timidez marcou a
política de comércio exterior do governo FHC. Num gesto unilateral, os Estados
Unidos sobretaxaram o aço brasileiro. O governo do PSDB foi acanhado nos
protestos e hesitou em recorrer à OMC. Por iniciativa do PT, a Câmara aprovou
moção de repúdio às barreiras protecionistas. A subserviência é tanta que em
visita aos EUA, no início deste ano, o ministro Celso Lafer foi obrigado a
tirar os sapatos três vezes e se submeter a revistas feitas por seguranças de
aeroportos.
40 -
Renda em queda e desemprego em alta
Para o emprego e a renda
do trabalhador, a Era FHC pode ser considerada perdida. O governo tucano fez o
desemprego bater recordes no País. Na região metropolitana de São Paulo, o
índice de desemprego chegou a 20,4% em abril, o que significa que 1,9 milhão de
pessoas estão sem trabalhar. O governo FHC promoveu a precarização das
condições de trabalho. O rendimento médio dos trabalhadores encolheu nos últimos
três anos.
41 -
Relações perigosas
Diga-me com quem andas e
te direi quem és. Esse ditado revela um pouco as relações suspeitas do
presidenciável tucano José Serra com três figuras que estiveram na berlinda nos
últimos dias. O economista Ricardo Sérgio de Oliveira, ex-caixa de campanha de
Serra e de FHC, é acusado de exercer tráfico de influência quando era diretor
do Banco do Brasil e de ter cobrado propina no processo de privatização.
Ricardo Sérgio teria ajudado o empresário espanhol Gregório Marin Preciado a
obter perdão de uma dívida de R$ 73 milhões junto ao Banco do Brasil. Preciado,
casado com uma prima de Serra, foi doador de recursos para a campanha do
senador paulista. Outra ligação perigosa é com Vladimir Antonio Rioli,
ex-vice-presidente de operações do Banespa e ex-sócio de Serra em empresa de
consultoria. Ele teria facilitado uma operação irregular realizada por Ricardo
Sérgio para repatriar US$ 3 milhões depositados em bancos nas Ilhas Cayman -
paraíso fiscal do Caribe.
42 -
Violação aos direitos humanos
Massacres como o de
Eldorado do Carajás, no sul do Pará, onde 19 sem-terra foram assassinados pela
polícia militar do governo do PSDB em 1996, figuram nos relatórios da Anistia
Internacional, que recentemente denunciou o governo FHC de violação aos
direitos humanos. A Anistia critica a impunidade e denuncia que polícias e
esquadrões da morte vinculados a forças de segurança cometeram numerosos
homicídios de civis, inclusive crianças, durante o ano de 2001. A entidade
afirma ainda que as práticas generalizadas e sistemáticas de tortura e
maus-tratos prevalecem nas prisões.
43 -
Correção da tabela do IR
Com fome de leão, o
governo congelou por seis anos a tabela do Imposto de Renda. O congelamento
aumentou a base de arrecadação do imposto, pois com a inflação acumulada, mesmo
os que estavam isentos e não tiveram ganhos salariais, passaram a ser taxados.
FHC só corrigiu a tabela em 17,5% depois de muita pressão da opinião pública e
após aprovação de projeto pelo Congresso Nacional. Mesmo assim, após vetar o
projeto e editar uma Medida Provisória que incorporava parte do que fora
aprovado pelo Congresso, aproveitou a oportunidade e aumentou alíquotas de
outros tributos.
44 -
Intervenção na Previ
FHC aproveitou o dia de
estréia do Brasil na Copa do Mundo de 2002 para decretar intervenção na Previ,
o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, com patrimônio de R$ 38
bilhões e participação em dezenas de empresas. Com este gesto, afastou seis
diretores, inclusive os três eleitos democraticamente pelos funcionários do BB.
O ato truculento ocorreu a pedido do banqueiro Daniel Dantas, dono do
Opportunitty. Dias antes da intervenção, FHC recebeu Dantas no Palácio
Alvorada. O banqueiro, que ameaçou divulgar dossiês comprometedores sobre o
processo de privatização, trava queda-de-braço com a Previ para continuar dando
as cartas na Brasil Telecom e outras empresas nas quais são sócios.
45 -
Barbeiragens do Banco Central
O Banco Central - e não
o crescimento de Lula nas pesquisas - tem sido o principal causador de
turbulências no mercado financeiro. Ao antecipar de setembro para junho o
ajuste nas regras dos fundos de investimento, que perderam R$ 2 bilhões, o BC
deixou o mercado em polvorosa. Outro fator de instabilidade foi a decisão de
rolar parte da dívida pública estimulando a venda de títulos LFTs de curto
prazo e a compra desses mesmos papéis de longo prazo. Isto fez subir de R$ 17,2
bilhões para R$ 30,4 bilhões a concentração de vencimentos da dívida nos
primeiros meses de 2003. O dólar e o risco Brasil dispararam. Combinado com os
especuladores e o comando da campanha de José Serra, Armínio Fraga não vacilou
em jogar a culpa no PT e nas eleições.
Foi com essas dificuldades
que a era FHC chegou ao seu fim em 2002, quando ocorreram novas eleições e o
candidato Luiz Inácio Lula da Silva do
PT (Partido dos Trabalhadores) conseguiu em sua quarta tentativa a vitória para
a presidência do Brasil.
“A mão que pode destruir um planeta também pode salva-lo,
A boca que pode cometer a mais infame blasfêmia também pode bradar o maior dos louvores;
A pessoa que pode praticar uma grande maldade, pode fazer a maior benevolência; a psique, pode elevar ou descender o homem”
Denis Furlan.
referencias:
em 28/05/2017.
em 01/06/2017.
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